27/11/2011

Medo

O medo pode gerar várias reações. Algumas pessoas ficam paralisadas, outras tomam decisões impulsivamente, outras avançam, se defendem tomadas pelo escuro de uma situação que às vezes é inexistente. A verdade é que o medo nem sempre é ruim, ele pode também nos proteger, nos preservar, evitar que a gente pule naquele precipício imenso. Ele pode nos estimular para nos prepararmos melhor para os desafios, de respeitar as dificuldades e encarar de frente a vida com mais segurança, esse é o medo bom, que nos faz crescer.

De certa forma, o medo sempre foi meu companheiro, e em alguns momentos ele foi bastante útil para me fortalecer, em outras ele foi suficientemente forte para me travar.

O problema é quando o medo toma conta, quando antecipa uma situação de fracasso, quando nos deixa perfeita vítima do lobo, esperando apenas pelo ataque. Esse medo ruim esteve presente comigo esses dias, na forma de uma angústia, de uma sensação de impotência tremenda.

Escrevi para uma amiga muito espiritualizada falando do meu problema e pedindo uma oração para me apresentar uma solução, e ela me perguntou: Quem é que manda em você? Seus problemas ou seu Deus? e eu não soube responder...apenas respondi: obrigada pelo carinho.

O fato é que esse fim de semana me deparei com vários tipos de medo: de fracassar (o meu), de perder a vida (o de uma amiga que está doente), de ficar sozinha (de uma conhecida que recentemente se separou), de se perder no vício (de uma pessoa próxima que está se recuperando das drogas). Percebi que cada uma dessas pessoas, inclusive eu, está ali, lutando para dar um baile nesse medo e se tornar mais forte com tudo isso.

Todo dia a gente se reinventa, e quanto mais a gente encara os entraves de frente, mais a gente ganha força, mais a gente vence o medo, mais a gente ganha fé!

Quem é que manda em você? Seus problemas ou seu Deus? espero de uma próxima vez ter essa resposta na ponta da língua!







06/11/2011

Amar mais, Julgar menos

Eu comecei a escrever novamente no blog por causa de um livro que estou lendo. Sim, é um livro de autoajuda...Desculpe por não estar lendo José Saramago ou Gabriel Garcia Marquez...mas no momento é isso o que a casa oferece. O livro é um relato de uma mulher, que escrevendo um blog, monitorou sua auto-estima por 365 dias (a autora é Gisela Rao) e provocou muitas mudanças em sua vida.

O fato é que cada linha do livro mostra o quanto estamos preocupados com a opinião dos outros, escondendo nossas pseudo-fragilidades que podem ser na verdade, grande fortalezas ao olhar de outras pessoas. Eu mesma, comecei esse texto na defensiva, justificando a minha escolha literária do final de semana.

Temos que parar de julgar e tentar mudar as pessoas...essa ânsia que temos de idealizar todos que nos cercam e querer colocá-los em um quadradinho. E ai, como eu sou assim...quem me conhece de pertinho sabe como sei ser opressora. E isso não é bom!

Mas enfim, quem me emprestou o livro foi a Fer, uma professora de educação física massa, querida, linda e que ajuda a levantar o meu astral duas vezes por semana às 7h da manhã(haja vontade, meu pai), e por isso, esse livro mereceu minha atenção especial.

Quando eu penso em não julgar, e amar as pessoas do jeito que elas são no momento presente, eu lembro da Fer, lembro da mãe dela, e lembro da minha mãe. E você já vai entender o motivo...

Em agosto desse ano, dias antes da formatura da Fer, a mãe dela teve um problema de saúde inesperado e repentinamente faleceu. Em pouco tempo, ela viu o alicerce dela ir embora e o chão se abrir para um vazio sem fim. A família dela é do interior, e como é longe para caramba, os amigos de Porto Alegre não conseguiram estar com ela fisicamente nesse momento difícil... e estava tão perto dela se formar...

Dias depois, ela retornou para poa, foi receber seu diploma, vestiu seu maravilhoso vestido vermelho e foi para o baile de formatura (como sua mãe sonhara tantos anos), mesmo com o choro engasgado no meio do sorriso. Dessa vez nós estávamos lá! E com certeza sua mãe estava orgulhosa.

Vez ou outra durante as aulas ela fala da mãe, e eu sempre me emociono, mas seguro a onda para não dar bandeira e não começar a chorar na esteira (hehehe). Eu sei, e ela sabe, que os reencontros virão (eu acredito!)

Anos atrás a minha mãe teve um AVC , foi um susto, mas graças a Deus ficou tudo bem. Tive um medo sem fim de perder minha mãe...nossa relação sempre foi um pouco difícil, ela muito fechada, e eu muito idealizadora. Ela sempre se queixa (sem eu saber) que eu ligo mais para o meu pai do que para ela...então semana passada, do nada, eu encomendei umas flores e mandei entregar no seu trabalho (moramos em cidades diferentes), com um cartão dizendo que eu queria colorir o dia dela e deixá-la mais feliz...foi uma forma de dizer de longe o que não consigo dizer de perto...do meu jeito, mas eu disse!

E então, mesmo do meu jeito torto, se tem algo que eu vou fazer daqui para frente é amar mais e julgar menos, muito menos!

Fer, obrigada pelo livro e obrigada pela sua amizade!

05/11/2011

Feliz Ano Novo

Enfim, esse era para ser um blog de maravilhosas mulheres que um dia se encontraram numa pós-graduação...como eu bem disse, era para ser um blog...porque no final das contas, o último post foi em 2008, pois bem, acabei de reativar o blog ( e nem me venham reivindicar direitos autorais!!!), venham escrever comigo suas impressões sobre o mundo. Então, mesmo que nossas vidas tenham caminhos diferentes, apareçam por aqui. Afinal, o nome do blog é confraria da calcinha, e uma confraria não se faz com um só membro, ou será que vou ter que dançar a dança dos solitários...e mudar o nome do blog para "A remanescente da calcinha", ficaria meio pornô, né?

Mas enfim, agora que já tomei conta mesmo, vamos ao que interessa!

Hoje eu decidi que meu ano vai começar mais cedo. Hoje é dia 05 de novembro e optei por não esperar o dia 31 de dezembro para fazer as minhas proposições de ano novo. Talvez isso se dê pela minha evidente falta de paciência(vulgo ansiedade crônica), ou simplesmente, por acreditar que os ritos devem existir dentro de nós e não somente em calendários. Então se é assim, todo dia pode ser dia de ano novo! E assim, eu decidi que seria (a controladora, hehehe).

Voltei agora a pouco de um encontro espiritual na casa espírita Bezerra de Menezes, fui tomar um passe energético para a saúde, pois segundo a galera lá de cima, a minha não anda muito equilibrada. De fato, ando com dores nas costas, que são agravadas pelo meu constante mal humor diante de algumas coisas da vida.

Estou lendo um livro que faz reflexões em cima de frases do Chico Xavier...quantos ensinamentos, quanto abrir de olhos, e quanta vergonha por encarar a vida da forma como eu encaro. Na verdade, o livro não trás nenhuma novidade, apenas ressalta o que sabemos e que tratamos de negligenciar praticamente os 365 dias do ano, ou 361(como diria a Daniela Albuquerque...hahahaha...agora eu fui bixa má!!)

Dentre todos os ensinamentos de hoje, trago dois que são mais velhinhos que as minhas duas falecidas avós, mas que vou tratar de dar conta agora:

(1) o que lhe sobra faz falta para alguém (roupas, comida, amor, afeto, compreensão)
(2) não deixa para amanhã o que deve fazer hoje (isso inclui: sonhos, projetos, telefonemas carinhosos para amigos, reencontros, abraço, um Eu Te amo para seus pais - mesmo que a relação seja complicada- uma infinidade de coisas que adiamos para amanhã, ainda mais eu, que sou a rainha da procrastinação).

Então, hellloooooo!!! acorda pra cuspir!!!!

E não adianta mesmo culparmos o tempo ou as circunstâncias pelos nossos fracassos e angústias. Eles são frutos das nossas atitudes, ou da falta de atitude - na maior parte das vezes. Então amiguetes, a culpa é nossa mesmo, mas não vamos alimentar esse sentimento, pois faz beemmm mal para o estômago.

Quando eu era adolescente, frequentava um grupo de jovens cristãos - mesmo não sendo nada santa. Tinha uma coisa que um padre querido sempre falava: Quando recebemos visitas especiais, limpamos nossa casa, deixamos tudo arrumado para receber quem vai entrar. A mesma coisa é com a nossa alma. Para receber Deus, ou energias positivas, ou a força do universo, sejá lá como vc for chamar, precisamos fazer uma limpeza interior, faxinar mesmo tudo o que é ruim, e não adianta jogar a sujeirada para debaixo do tapete. Para algo novo entrar, precisamos abrir espaço, jogando fora o que não nos serve mais. Temos que aceitar que algumas poeirinhas ficarão, pois perfeição não existe e nem devemos buscá-la.

Bom, então como eu estou tentando iniciar essa faxina, e como eu decretei que hoje é ano novo, seguem as minhas resoluções:

1 - Manter o pensamento positivo, contemplar mais, reclamar menos.
2 - Dar mais atenção e carinho a familiares, amores, amigos, e animais de estimação (incluindo meu dogo Jimmy Cliff)
3 - Cuidar mais da minha saúde, com uma boa alimentação e atividade física (e de quebra eliminar uns quilos)
4 - Ser mais organizada (minha vida sempre foi uma bagunça, com certeza, reflexo do meu interior)
5 - Julgar menos e amar mais
6 - Cuidar mais da minha espiritualidade
7 - Compartilhar os poemas que escrevo e que tenho MUITA VERGONHA de mostrar.
8 - Terminar o mestrado - um capítulo à parte na minha vida, que mereceria ser um livro...
9 - Conhecer pessoas interessantes (não estou falando no sentido sexual,ok?), nesse já estou suprida....hahahaha!
10 - Fazer valer as 09 proposições acima.

Então, será que vou esperar o dia 01 de janeiro para fazer o que é preciso? VOUUUUUU!!!!OPS, NÃOOOOOOO!!! É claro que NÃO!

O momento é agora, mãos e mente à obra!!

amanhã tem mais...

beijos, Tanise