06/11/2011

Amar mais, Julgar menos

Eu comecei a escrever novamente no blog por causa de um livro que estou lendo. Sim, é um livro de autoajuda...Desculpe por não estar lendo José Saramago ou Gabriel Garcia Marquez...mas no momento é isso o que a casa oferece. O livro é um relato de uma mulher, que escrevendo um blog, monitorou sua auto-estima por 365 dias (a autora é Gisela Rao) e provocou muitas mudanças em sua vida.

O fato é que cada linha do livro mostra o quanto estamos preocupados com a opinião dos outros, escondendo nossas pseudo-fragilidades que podem ser na verdade, grande fortalezas ao olhar de outras pessoas. Eu mesma, comecei esse texto na defensiva, justificando a minha escolha literária do final de semana.

Temos que parar de julgar e tentar mudar as pessoas...essa ânsia que temos de idealizar todos que nos cercam e querer colocá-los em um quadradinho. E ai, como eu sou assim...quem me conhece de pertinho sabe como sei ser opressora. E isso não é bom!

Mas enfim, quem me emprestou o livro foi a Fer, uma professora de educação física massa, querida, linda e que ajuda a levantar o meu astral duas vezes por semana às 7h da manhã(haja vontade, meu pai), e por isso, esse livro mereceu minha atenção especial.

Quando eu penso em não julgar, e amar as pessoas do jeito que elas são no momento presente, eu lembro da Fer, lembro da mãe dela, e lembro da minha mãe. E você já vai entender o motivo...

Em agosto desse ano, dias antes da formatura da Fer, a mãe dela teve um problema de saúde inesperado e repentinamente faleceu. Em pouco tempo, ela viu o alicerce dela ir embora e o chão se abrir para um vazio sem fim. A família dela é do interior, e como é longe para caramba, os amigos de Porto Alegre não conseguiram estar com ela fisicamente nesse momento difícil... e estava tão perto dela se formar...

Dias depois, ela retornou para poa, foi receber seu diploma, vestiu seu maravilhoso vestido vermelho e foi para o baile de formatura (como sua mãe sonhara tantos anos), mesmo com o choro engasgado no meio do sorriso. Dessa vez nós estávamos lá! E com certeza sua mãe estava orgulhosa.

Vez ou outra durante as aulas ela fala da mãe, e eu sempre me emociono, mas seguro a onda para não dar bandeira e não começar a chorar na esteira (hehehe). Eu sei, e ela sabe, que os reencontros virão (eu acredito!)

Anos atrás a minha mãe teve um AVC , foi um susto, mas graças a Deus ficou tudo bem. Tive um medo sem fim de perder minha mãe...nossa relação sempre foi um pouco difícil, ela muito fechada, e eu muito idealizadora. Ela sempre se queixa (sem eu saber) que eu ligo mais para o meu pai do que para ela...então semana passada, do nada, eu encomendei umas flores e mandei entregar no seu trabalho (moramos em cidades diferentes), com um cartão dizendo que eu queria colorir o dia dela e deixá-la mais feliz...foi uma forma de dizer de longe o que não consigo dizer de perto...do meu jeito, mas eu disse!

E então, mesmo do meu jeito torto, se tem algo que eu vou fazer daqui para frente é amar mais e julgar menos, muito menos!

Fer, obrigada pelo livro e obrigada pela sua amizade!

Nenhum comentário: